Eleições Municipais: População quer ouvir propostas, não troca de farpas
As Eleições Municipais se aproximam, enquanto os ânimos entre grupos em disputa pelas prefeituras municipais começam a se acirrar, são defeitos e mais defeitos, acusações sem provas, fake News, apelidos e mais apelidos para com seus adversários. O que chama atenção é que até na eleição anterior eram amigos e aliados de primeira linha, comungando das mesmas ideias e se esbaldando em elogios entre si. Mas agora, como opositores, vem logo a borracha gigante apagando todas as qualidades dos seus adversários que antes eram amigos e aliados indispensáveis. Novas eleições, novas reorganizações, se tornam-se adversários e de agora em diante, este seu ex-aliado não tem mais nenhuma qualidade, não tem mais uma obra importante, zera tudo, nunca foi seu amigo, sempre foi um fura olho e por aí vão os mais diversos adjetivos para com seus adversários políticos. Junto com os mais diversos adjetivos pejorativos, vem até ofensas pessoais, onde se fala da pessoa, fala mal de familiares e até de amigos dos amigos.
Será que fazer política em um país que se diz democrático é isso mesmo? Existem muitos pré-candidatos que se esquecem de apresentar suas propostas de governo, de propor projetos de melhorias para a população, mas preferem ventilar ofensas, troca de farpas, inventarem notícias falsas e até agressões físicas como formas de denegrir a imagem do seu opositor.
Será que os principais interessados nesse processo eleitoral, pelo menos teoricamente seria a “população”, está querendo ver confrontos e ofensas entre grupos políticos? Ou em ouvir propostas que possam trazer benefícios para o município, como educação de qualidade, saúde de qualidade e melhorias sociais? É claro que pelo menos 80% da população reprovam esta velha e ultrapassada forma de fazer política ou politicagem, e, menos de 20% defende esse método ultrapassado de fazer política, por medo de perder suas benesses proporcionadas por uma gestão também ultrapassada. Enquanto a grande maioria, quer ter um gestor capaz de representar bem os interesses do município, representar bem os interesses da população.
É comum ver gestores municipais se apegarem ao poder, e tentarem se perpetuar nele de alguma forma, passando o bastão de pai para filhos, sobrinhos, netos, etc. Isso não é bom para a população, uma gestão tem que ser “renovada” de tempos em tempos para que as mazelas não venham acontecer e se tornar rotineiras numa gestão muito prolongada. Se fosse pra se perpetuar no poder, deveríamos mudar o nosso sistema de governo para reinado ou ditatorial, não numa democracia republicana na qual vivemos.
Lembrando que uma democracia para ser plena, o povo deve escolher seus representantes de forma livre e natural, sem nenhuma interferência de poderes, seja financeiro ou sob ameaças veladas. Infelizmente ainda estamos longe de chegar a essa excelência democrática, ainda temos arraigados os resquícios ditatoriais e de coronelismo emaranhados em nossos líderes políticos.
Fonte: Coluna: Coisas de SRN
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