Prefeita de São Raimundo Nonato é acusada de não repassar consignado aos bancos

Segundo o presidente do sindicato dos servidores municipais, a falta de repasse já gerou um débito de quase R$ 500 mil somente em uma das instituições financeiras.

Prefeita de São Raimundo Nonato é acusada de não repassar consignado aos bancos
Carmelita Castro (Prefeita de SRN)

O presidente do Sindicato dos servidores municipais de São Raimundo Nonato, Liran da Silva, fez uma denúncia ao Viagora, relatando que a prefeitura, administrada por Carmelita Castro, tem atrasado os repasses do dinheiro descontado dos empréstimos consignados, aos bancos credenciados, o que já teria gerado um débito de quase R$ 500 mil.

O denunciante explica que a situação tem se arrastado desde 2018 e que os valores relacionados a parcela dos empréstimos consignados são descontados diretamente da folha de pagamento do vencimento, provento ou pensão dos servidores ou pensionistas, onde a prefeitura recolhe os valores, mas não está repassando para banco.

Segundo Liran, diante da ausência de resolutividade por parte da prefeitura, os servidores já acionaram o Ministério Público, mas o procedimento foi arquivado.

“Desde 2018 estamos sofrendo com esses atrasos. O sindicato já formulou uma iniciativa de protesto na promotoria do Ministério Público, só que foi arquivado antes mesmo de abrirmos. A Caixa Econômica já colocou duas vezes no Ministério Público Federal, para ver se a prefeitura paga os consignados que estão devendo. No Banco do Brasil o atraso já está quase meio milhão”, afirmou.

O presidente do sindicato informou ainda que tentou negociar com a prefeitura para que os servidores não fossem afetados pelo bloqueio na linha de crédito, mas sem sucesso.

“Esses atrasos acontecem direto, desde quando a atual gestão entrou eles estão atrasando. Já mandamos ofício, dizem que vão pagar, mas na última entrevista que ela concedeu, a prefeita relatou que o que era descontado do servidor era usado para pagar os fornecedores da prefeitura”, explicou.

Os débitos são registrados tanto no Banco do Brasil quanto na Caixa Econômica Federal, e já somam um vultoso valor que impede a realização de novos empréstimos, de acordo com Lira. Diante disso, os servidores temem que a dívida aumente ainda mais.

“Quase todos os servidores estão sendo afetados por esses atrasos, queremos demais que isso seja resolvido. O valor do débito no Banco do Brasil, no momento é de quase meio milhão, fora a Caixa Econômica que não obtivemos informações. Fica um débito e o empréstimo fica suspenso. O banco não fornece mais, porque a linha fica bloqueada”, esclareceu.

Outro lado

A reportagem procurou a prefeita para falar sobre o assunto, mas até o fechamento da matéria a gestora não foi localizada. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.