Com apoio de Pacheco, relator Marcelo Castro diz que PEC do fim da reeleição será votada

O senador disse ser possível aprovar proposta ainda neste ano

Com apoio de Pacheco, relator Marcelo Castro diz que PEC do fim da reeleição será votada
Entrevista do Senador Marcelo Castro à Coluna da jornalista Rany Veloso, direto de Brasília

Fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos pode se tornar realidade. Com apoio de Rodrigo Pacheco, a PEC que prevê mandatos únicos de 5 anos está próxima de ser votada no Senado.

Rodrigo Pacheco (PSD-MG) deu todos os sinais de que antes de deixar a cadeira da presidência do Senado vai votar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que acaba com a reeleição. Em entrevista à coluna nesta quarta-feira (30), o relator da PEC, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) disse que é possível votar e aprovar ainda neste ano. "A reeleição foi um grande malefício instituído no Brasil", destacou. 

O único ponto em que há divergência é se as eleições para o Executivo federal, estadual e municipal vão coincidir.

Castro já demonstrou como será seu parecer ao criticar o "abuso de poder político" de famílias que se perpetuam no poder. Ele argumenta que a alternância faz bem ao sistema democrático. "A regra geral, a regra geral no Brasil de presidente passando para o governador a prefeito é eles abusarem do poder político quando vão para a reeleição. Não abusar, eu posso dizer com segurança que é exceção à regra".

"Oito anos, o prefeito governador, especialmente o prefeito que é reeleito por oito anos, quando ele chega no final dos oito anos, ele tem uma sensação de que a prefeitura é dele. E isso não está correto. A essência do republicanismo, e por isso que foi criado o sistema republicano de governo, é exatamente alternância do poder. Aí o prefeito hoje, o governador, mas principalmente os prefeitos, passam oito anos à frente da prefeitura, quando chega no final eles querem botar um sobrinho, uma sobrinha, um tio para ser prefeito para quatro anos depois eles tornarem a voltar. É um continuismo muito grande e isso não é bom para a democracia".