480 militares estão há uma semana impedidos de deixar quartel após furto de 21 metralhadoras de guerra do Exército em Barueri

Corporação alega que está ouvindo toda a tropa para tentar descobrir onde armas desparecidas na última terça foram parar. Exército apura se há algum militar envolvido no crime.

480 militares estão há uma semana impedidos de deixar quartel após furto de 21 metralhadoras de guerra do Exército em Barueri
Quartel do Exército em Barueri SP

Cerca de 480 militares de todas as patentes completam nesta terça-feira (16) uma semana impedidos de deixar o quartel onde trabalham depois que 21 metralhadoras de guerra do Exército foram furtadas no local, em Barueri, Grande São Paulo. A corporação alega que está ouvindo toda a tropa para tentar descobrir onde as armas foram parar. Trinta e cinco dos militares já prestaram depoimentos.

O desaparecimento do armamento foi notado na última terça-feira (10), quando a corporação realizou uma vistoria interna no Arsenal de Guerra em Barueri e detectou uma discrepância no número de metralhadoras.

Desde então, soldados, cabos, sargentos, tenentes, capitães, majores e coronéis estão "aquartelados" por determinação dos superiores hierárquicos. Seus celulares foram confiscados para não se comunicarem com parentes. O contato com eles está sendo feito por meio de um representante do Exército.

Familiares pedem informações

Nos últimos dias, familiares têm ido até a frente da base pedir informações sobre os militares retidos. Apesar de o Exército informar que nenhum deles está detido ou preso, ninguém pode ir para casa. A corporação informou que a medida é necessária para tentar localizar e recuperar o armamento.

O sumiço das 13 metralhadoras calibre .50, que podem derrubar até aeronaves, e das oito metralhadoras calibre 7,62 está sendo investigado exclusivamente pelo Exército. O Comando Militar do Sudeste (CMSE), na capital de São Paulo, e o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), em Brasília, enviaram comitivas para apurar o extravio do arsenal.

Fontes do g1 avaliam se o furto das metralhadoras ocorreu por alguma falha da segurança do Arsenal de Guerra ou se algum militar pode estar envolvido no crime. E se elas saíram da base dentro de caminhões do Exército, entre setembro e outubro.

 

Maior desvio de armas desde 2009

 

Armas furtadas do Exército em Barueri, Grande São Paulo — Foto: g1 Design