Estupros, terror psicológico e atrocidades são relatos da piauiense que retorna de Israel
A piauiense ressaltou que a população de Israel quer paz.
“É como se fosse um pesadelo. É desumano. Monstruoso”. Assim relata a piauiense Jaqueline Gazit, 58 anos, sobre a guerra entre Israel e Hamas que aterroriza o mundo. Ela chegou em Teresina na madrugada de terça-feira (24) e conversou com o portal Cidadeverde.com. Jaqueline, que mora há 25 anos em Israel, relata que há estupros contra mulheres, terror psicológico, já que toda a violência é transmitida pelas redes sociais, e atrocidades inimagináveis.
“As mulheres são estupradas, uma atrás da outra e depois são mortas. Dói falar. Um deles ( terrorista) descobriu uma moça grávida e abriu a barriga dela e tirou o bebê e depois a matou. Eles mesmo publicam essas atrocidades”, diz a piauiense.
Quase 48 horas que deixou a cidade de Tel Aviv, em Israel, Jaqueline e as três filhas desembarcaram em avião da Fab (Força Aérea Brasileira) em Teresina e estão morando na casa de parentes. Ela é natural de São Raimundo Nonato e há duas décadas mora no vilarejo Bazra, que fica a 20 minutos de Tel Aviv.
Ainda bastante abalada, a piauiense disse que o cenário em Israel é de muito terror.
“Não basta os bombardeios, existe também uma pressão psicológica onde terroristas invadem as redes sociais como Instagram, tik tok, WhatsApp para espalhar imagens de atrocidades e mortos”.
“Todo mundo quer paz. O povo judeu só quer construir para doar para o mundo. É um povo que pesquisa, que faz invenções em nome da ciência, produz tecnologia, tudo em prol da comunidade. Ninguém quer destruir e exterminar nenhum povo. A gente vive um país pequeno e todo ao nosso redor é inimigo”.
Ela, que é técnica de informática, diz que teve que sair somente com a roupa do corpo com as filhas para serem repatriadas.
“Como se eu tivesse fugindo, feito uma coisa errada e deixando minha vida para trás. Estou me sentindo uma fugitiva de guerra. Como se tivesse perdendo tudo. O que eu fiz? Fiz nada”.
O confronto começou no dia 7 de outubro, após ataques do grupo terrorista ao território israelense. Segundo Ministério da Saúde palestino, número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 4.651.
Mais de seis mil pessoas já perderam a vida na guerra entre Israel e o Hamas, que iniciou no dia 7 de outubro, após ataques do grupo terrorista. O Ministério da Saúde palestino informou que o número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 4.651 vítimas. Destas, 40% seriam crianças. O número de feridos em Gaza já chega a mais de 15 mil.
De acordo com Jaqueline, a guerra é mais por questão religiosa do que por território. Ela disse que as crianças, idosos e pessoas com deficiências são os que mais sofrem.
“O Hamas encontrou um grupo de crianças escondidos abraçados na cama e matou toda a família cruelmente. Como eles teve vários. Um menino de 13 anos saiu para correr, praticar esporte e ao voltar encontrou toda a família morta”.
Israel quer paz
A piauiense ressaltou que a população de Israel quer paz.
“O que a gente quer é paz. Que as pessoas orem, se amam mais, porque a ambição está destruindo o mundo, as pessoas. Israel não quer destruir o povo palestino. Israel quer paz”.
Sentimento ao desembarcar no Brasil
“Foi um sentimento de alívio e de dor, porque estou deixando para trás meu marido e outras famílias que não tiveram a mesma oportunidade que eu”.
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Fonte: Cidadeverde.com/Yala Sena
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