Governo revisa projeção de crescimento do PIB deste ano de 2,5% para 3,2%
Melhora acontece depois de o IBGE divulgar números mais robustos de crescimento no segundo trimestre
O Ministério da Fazenda revisou a projeção de crescimento da economia este ano, de 2,5% para 3,2%. O dado consta no relatório Boletim Macrofiscal. A revisão vem depois de o IBGE divulgar um crescimento mais forte do que o esperado no segundo trimestre.
— Estamos otimistas com o último trimestre, pelo conjunto de fatores. A massa salarial está crescendo, o rendimento está crescendo, assim como atividade no comércio e serviços. O cenário do crédito também tende a puxar o crescimento para cima — cita o secretário de política econômica da Fazenda, Guilherme Mello, em entrevista coletiva.
A Fazenda, porém, ainda não tem um estudo finalizado para quantificar o efeito do programa de renegociação de dívidas. Por ora, a equipe comandada por Mello está considerando um impacto potencial no setor de serviços, que foi revisado para 2,5%. Para este segundo semestre e para 2024, a pasta vê efeitos positivos na redução da inadimplência e estímulo ao consumo, no caso das pessoas que ficarem com o nome limpo.
Guilherme Mello também avalia que, de forma positiva, as projeções dos agentes do mercado para o crescimento da economia brasileira têm ficado mais próximas das estimativas feitas pelo governo.
Na Fazenda, Haddad vem ressaltando em conversas com jornalistas que o mercado começou o ano com uma estimativa de PIB muito baixa, enquanto a Fazenda já estaria com uma perspectiva mais otimista. O boletim Focus, por exemplo, começou o ano prevendo alta de 0,78% para a economia. No Boletim divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado para 2,89% o número deste ano. Há um mês, a estimativa estava em 2,29%.
Na semana passada, Haddad disse "não ter dúvida" de que o Brasil deve crescer acima da média global em 2023. Em julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou uma projeção de crescimento médio no mundo na base de 3%.
Parar 2024, a projeção da Fazenda foi mantida em 2,3%.
"No próximo ano, tanto a Indústria como o setor de serviços devem se beneficiar com a flexibilização das condições monetárias, com as políticas de apoio à renegociação de dívidas e de transferência de renda e com os programas de incentivo ao investimento. O retorno dos gastos mínimos com educação e saúde também devem impulsionar o componente da Administração Pública. Pelo lado da demanda, essas políticas e programas devem impactar positivamente o Consumo das famílias e a FBCF", disse o Boletim MacroFiscal.
Previsão por setores:
- As projeções de crescimento melhoraram para os três grandes setores monitorados.
- Para o setor agropecuário, a projeção foi revisada de 13,2% para 14,0%;
- Para a indústria, o crescimento esperado avançou de 0,8% para 1,5%;
- A projeção para serviços cresceu de 1,7% para 2,5%.
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