Prefeita Carmelita nega a existência de alunos estudando embaixo de árvores, mas vídeo confirma o fato
A prefeita negou e ainda desafiou quem quisesse ir até a escola para conferir in loco
A prefeita do município de São Raimundo Nonato, Carmelita Castro (PT), passou por momentos de constrangimento durante entrevista a uma emissora de rádio da cidade. Em determinado momento, a gestora desafia qualquer pessoa a mostrar se no colégio citado existe alunos estudando em salas de aula improvisadas embaixo de árvores. Não demorou muito, um vídeo foi divulgado nas redes sociais mostrando o vereador Vitor Paixão fazendo uma visita a unidade escolar do povoado Currais, com alunos embaixo de árvores de Nim (Azadirachta indica A Jussnin), espécie que tem origem na Índia.
Em 2022 o município de São Raimundo Nonato informou ao Ministério da Educação que as escolas de tempo integral estavam funcionando em 100% no município, tanto para alunos do Ensino Fundamental como do Infantil, no entanto, não foram feitos os ajustes necessários para preparar as unidades escolares para um maior número de alunos, com isso, em determinados dias da semana, os professores são obrigados a lecionar em salas de aulas improvisadas embaixo de árvores, ou mesmo em casas comuns sem nenhuma estrutura adequada para funcionamento de salas de aula.
Para se ter uma ideia do montante de recursos que São Raimundo Nonato recebe do FUNDEB para investimentos, pagamento dos profissionais e custeio do setor educacional, os números impressionam: em 2021 foram R$ 30 milhões. em 2022 com a "instalação" das escolas de tempo integral, esse valor saltou para R$ 42 milhões. Em 2023 chegou ao patamar de R$ 60 milhões, e a previsão para 2024 é de R$ 69 milhões para educação. Como termos comparativos, o município de Picos, com mais de 80 mil habitantes, o dobro de São Raimundo Nonato, tem uma previsão de receita do FUNDEB para 2024 de cerca de R$ 65 milhões.
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