Servidora da educação de SRN cobra melhores condições de trabalho e valorização da categoria

Com a implantação das escolas de tempo integral a situação se complicou

Servidora da educação de SRN cobra melhores condições de trabalho e valorização da categoria
Escolas de Tempo integral (Imagem ilustrativa)

A servidora pública do Município de São Raimundo Nonato, Elisângela Cardoso Paes, concursada e ocupante do cargo de merendeira, enviou uma carta ao Jornal Factorama, desta terça-feira (09), solicitando da prefeita Carmelita Castro e dos vereadores uma reavaliação sobre as condições de trabalho dessa categoria em especial, nas escolas que passaram a funcionar em tempo integral, a partir deste ano letivo de 2024.

Segundo a servidora Elisângela, ela reconhece a importância da educação de tempo integral, mas que as escolas do município não estão adequadas para essa modalidade de ensino de tempo integral, falta infraestrutura, tanto para os alunos, como também para os profissionais em geral, em especial as merendeiras, que não contam com um ambiente de trabalho adequado para exercerem bem suas atividades, desde o ambiente (espaço físico) ao mobiliário digno para uma escola de tempo integral.

A servidora ainda destaca que com o funcionamento de escolas em tempo integral, as merendeiras em especial foram sobrecarregadas com obrigações extras, como preparo do café da manhã, almoço e merenda, não somente para os alunos, como também para os servidores da escola, sobrecargas inerentes à função em exercício e sem nenhum valor aditivo para a categoria e condições de trabalhos inadequados, colocando em risco a saúde desses servidores.

OUÇA LEITURA DA CARTA DE SERVIDORA ELIZÂNGELA CARDOSO NO JORNAL FACTORAMA

Comentando os fatos:

Dias atrás, este site de notícias divulgou matéria denúncia, na qual gráficos do INEP, mostravam que desde o ano de 2022, 100% das escolas do Município de São Raimundo Nonato, do ensino fundamental ao infantil estariam funcionando na modalidade de tempo integral, após a publicidade das informações o município correu contra o tempo para fazer funcionar todas as escolas na modalidade de tempo integral, porém o município, apesar de estar cadastrado no INEP como suas escolas funcionado nessa modalidade, nenhuma dessas escolas estavam preparadas pra receber aulas de tempo integral, seja na sua infraestrutura física, mobiliária e pessoal suficiente para tal.

São vários os relatos de pais que não estão satisfeitos com a forma do funcionamento de tempo integral, devido a falta de estrutura física e funcional dessas escolas. Em algumas escolas ainda os pais estão buscando seus filhos para o almoço e levando de volta à tarde para o turno da tarde. Falta espaços de descansos para as crianças, principalmente as turmas do infantil (creches).

O depoimento dessa servidora só vem reforçar o fato de que as escolas municipais vinham recebendo investimentos federais como se funcionassem em tempo integral, e na verdade a grande maioria dessas escolas ainda nem estruturas físicas estariam adequadas para esta modalidade de ensino, quanto mais o seu funcionamento, estes são os motivos das recorrentes reclamações de pais e servidores.

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