Filhos de Pelé pedem à Justiça que enteada do ex-jogador seja reconhecida como herdeira
Joshua Seixas Arantes do Nascimento e Celeste Seixas Arantes do Nascimento também manifestaram, na última segunda-feira (13), o desejo que o irmão, Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, assuma o cargo de inventariante.
Os filhos de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, Joshua Seixas Arantes do Nascimento e Celeste Seixas Arantes do Nascimento pedem que a irmã deles e enteada do ex-jogador, Gemima Lemos MacMahon, seja reconhecida como filha socioafetiva do Rei do Futebol e, consequentemente, considerada como herdeira. Eles enviaram uma petição ao Juiz da 2ª Vara de Família e Sucessões do Foro de Santos, no litoral de São Paulo, na última segunda-feira (13), fazendo a solicitação.
Gemima Lemos Macmahon é filha de Assíria e irmã de Joshua e Celeste. Quando Pelé casou-se com Assíria, Gemima tinha oito meses. A jovem entrou com um pedido para que seja reconhecida como filha socioafetiva de Pelé e, dessa forma, considerada como herdeira.
No documento, os advogados Pythagoras Lopes de Carvalho Neto e Camila Monzani Gozzi esclareceram que os todos os demais herdeiros e a viúva reconhecem que Gemima e Edson "desenvolveram, ao longo da vida, relação equiparável à paternidade, atualmente reconhecida pela lei, doutrina e jurisprudência brasileiras como paternidade socioafetiva".
Os advogados dizem que o artigo 1.593 do Código Civil prevê que o parentesco, natural ou civil, decorre de consanguinidade ou outra origem, dentre elas, o afeto. "Este é o caso de Gemima, que desde que viu sua genitora casar-se com Edson no início dos anos 90, passou a ser por ele também tratada como filha e, por isso, hoje possui legitimidade para ocupar a posição de herdeira neste feito", aponta o documento.
Ainda de acordo com a petição, Joshua e Celeste manifestaram estarem de acordo com a nomeação de Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, ao cargo de inventariante.
Na noite da última quinta-feira (9), a viúva de Pelé, Márcia Aoki, decidiu abrir mão de ser inventariante [responsável por administrar os bens] do Rei do Futebol.
O g1 entrou em contato com o advogado Pythagoras Lopes de Carvalho Neto, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Veja quem são os herdeiros:
Filhos de Pelé e a enteada dele, Gemima Macmahon - que entrou com pedido para ser reconhecida como filha socioafetiva do Rei do futebol — Foto: Reprodução/Instagram
- Filhos de Pelé com Rosemeri dos Reis Cholbi (1º casamento):
Edson Cholbi Nascimento, o Edinho
Kely Cristina Cholbi Nascimento
Jeniffer Cholbi Nascimento - Filhas reconhecidas pelo Pelé:
Flávia Kurtz Arantes do Nascimento
Sandra Regina Arantes do Nascimento Felinto - Filhos de Pelé com Assíria Nascimento (2° casamento):
Joshua Seixas Arantes do Nascimento
Celeste Seixas Arantes do Nascimento
No caso de Sandra, que já é falecida, Octavio Felinto Neto e Gabriel Arantes do Nascimento Felinto, netos de Pelé, dividirão entre si a parte da herança dela.
"A Sandra é falecida e quem representa ela são os dois filhos, mas veja, não são dois herdeiros a mais, é um herdeiro só que é ela que divide [esse quinhão] entre os dois", explicou o advogado Augusto Miglioli, que representa Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, Kely Nascimento e Jennifer Nascimento.
Quem também pode ser considerado como herdeiro?
- A enteada de Pelé, Gemima Lemos Macmahon, que é filha de Assíria e irmã de Joshua e Celeste, entrou com um pedido para que seja reconhecida como filha socioafetiva de Pelé e, dessa forma, considerada como herdeira.
Miglioli explicou que no caso de Gemima o reconhecimento poderá ocorrer de duas formas: ou pela concordância de todos os herdeiros ou ela precisará buscar reconhecimento fora do andamento do inventário. "Esse é mais um dos temas que está sendo conversado entre os herdeiros, mas não posso afirmar que vai haver a concordância de todos".
- Além dela, Maria do Socorro Azevedo pode vir a ser considerada como herdeira do ex-jogador caso o exame de DNA, que deverá ser realizado com os filhos de Pelé, der positivo. Ela registrou uma ação de investigação de paternidade na Defensoria Pública do Estado de São Paulo, e o processo corre sob segredo de Justiça em Itaquera (SP).
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